
Mas há mulheres ensolaradas: sua luminosidade se espalha por toda parte.Mesmo abaladas por alguma fatalidade, ainda que lhes falte o que para tantas sobra em beleza ou luxo,têm em si uma espécie de obstinado sol que se desprende delas como um perfume.
O que sabemos é que é preciso "ser feliz".
Sentir-se bem na própria pele,ter uma idéia razoável do que se está fazendo de si
Viver_ e optar, assinar embaixo, e pagar todos os preços- alguns, bastantes altos.
Salva-se quem consegue viver da melhor maneira a sua criatividade, e ainda a dividir com outros.Então esse grão se multiplica, emite uma luz que resiste e transborda.
Essa mulher de início de uma era é também_ junto com seu homem_ um novelo de dúvidas e uma floresta de possibilidades.Angustiada entre o desejo de sair e o de ficar, e liberdade e de abrigo,de afirmação pessoal e de proteção para suas crias, quer a segurança que imagina ter sido a das mulheres antigas, e todas as atraentes promessas atuais.
No aeroporto, com seu notebook na mão ( e a lista do supermercado dentro da agenda), a nova mulher é a um tempo náufraga de si mesma e a pioneira de uma desafiadora utopia.
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